
Os smartphones são celulares que englobaram as funções dos computadores de mão (PDAs, handhelds). Mas com tantas ferramentas agregadas aos aparelhos de telefonia móvel, fica difícil distinguir um do outro. Na verdade, as diferenças são poucas, porém, significativas. Uma das principais é que o smartphone permite ampliar as funcionalidades através da instalação de novas aplicações. As novas ferramentas precisam ser compatíveis com o sistema operacional do aparelho, que é o Windows Mobile, da Microsoft, na maioria dos casos.
Essa vantagem do smartphone já permitiu ao administrador de sistemas Reinaldo Albuquerque resolver uma bronca de trabalho quando estava no carro, viajando. “Eu estava sem notebook e tinha um problema que estava deixando o serviço (da Hotlink, onde trabalha) fora do ar. Como tinha instalado os programas específicos no smartphone, resolvi na hora”, conta Albuquerque, dono de um HTC 9100, adquirido dentro de um plano empresarial há quase um ano.
O aparelho faz parte do dia-a-dia de Reinaldo, que está sempre disponível. “Eu sincronizo meus emails do Outlook (Express, da Microsoft) no computador com o celular e posso checar as mensagens quando estou na rua. Além de poder acessar o MSN via conexão GPRS ou wireless”, elogia. Aliás, a capacidade de sincronização é outro bônus dos smartphones.
O gerente de produtos da HTC no Brasil, Rodrigo Byrro, lembra que o sistema Windows Mobile permite total integração com os aplicativos disponíveis na maioria dos PCs, como Outlook e pacote Office. “O usuário precisa procurar o modelo e sistema operacional mais adequados às suas atividades”, ensina. Outro diferencial entre um celular normal e um smartphone é o teclado Qwerty, sigla que nomeia os teclados disponíveis nos computadores de mesa. Em vez das teclas alfanuméricas, essas facilitam na hora de editar textos e mensagens.
São essas as vantagens que fazem o gerente de marketing de produtos da Motorola, Henrique de Freitas, acreditar que 25% do mercado de telefones celulares será de smartphones em 2011. Freitas observa que o aparelho, largamente adotado entre executivos, está saindo do mundo corporativo para chegar às mãos dos consumidores finais. “Devido às grandes facilidades, o smartphone está se convertendo em equipamento multimídia de uso multipropósito. O público jovem pode usar a capacidade do aparelho para postar conteúdo na internet, em blogs e flogs”, exemplifica.