
Agora, prestes a completar 80 anos em dezembro, a Etepam, depois de injetados R$ 6 milhões, se une aos outros pólos de educação profissional do Estado para beneficiar mais de 5 mil alunos. Desses, 78 terão o privilégio de serem capacitados na primeira turma do Centro de Inovação da Microsoft, que consiste em duas salas de aula climatizadas com 26 computadores. As inscrições começam na próxima segunda-feira e as aulas serão iniciadas em setembro.
Para o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, Aristides Monteiro, a instalação da Microsoft na Etepam é importante porque conecta a escola ao mercado de trabalho. “Queremos consolidar a escola como referência na Educação Profissional”, salienta Monteiro. O presidente da Microsoft Brasil, Michel Levy, declarou acreditar no poder transformador da união entre tecnologia e educação.
“Os jovens sabem o que é um engenheiro, um médico, um advogado, poucos conhecem um desenvolvedor de softwares. E Pernambuco é um celeiro de talentos”, elogia Levy. O Student to Business vai capacitar gratuitamente os estudantes com conhecimentos básicos na plataforma de desenvolvimento Microsoft.NET.
No entanto, o programa na Etepam terá um funcionamento diferente do Centro de Inovação da Microsoft de Olinda e dos outros do País. A principal distinção, segundo o gerente regional da Microsoft Norte e Nordeste, Luís Pinto, é o fato de o programa ser normalmente voltado para universitários. “Pegamos o Student to Business e adaptamos para o Ensino Médio, inserindo como uma cadeira curricular. Também tornamos mais gradual o ensino. Em vez do conteúdo ser dado em três meses, será passado em seis”, explicou Pinto. Mais de 100 professores foram capacitados na tecnologia.
INCUBAÇÃO
A idéia é que o Centro de Inovação da Microsoft também apóie o desenvolvimento da indústria local de softwares, incentive a adoção de tecnologia de ponta no Estado e incube empresas. De acordo com Luís Pinto, a função de incubadora pode surgir a partir do momento em que os alunos desenvolvam projetos viáveis para o mercado. “Não é o foco do Centro, mas nada impede que aconteça”, reforça, revelando a incubação do projeto Acqua, criado por pernambucanos para a última Imagine Cup, no Centro de Inovação de Olinda.