quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Olímpiada Hi-Tech

Uma olimpíada com ampla utilização do que existe de mais moderno na ciência e na tecnologia, desde a avaliação de resultados, estrutura de estádios e centros esportivos, passando pela otimização da utilização de recursos naturais e tecnologias ecológicas, até a transmissão das competições para o resto do mundo através da internet e vídeo em alta resolução. Este será o perfil dos Jogos Olímpicos de Pequim, que acontecem de 8 a 24 de agosto, na China, um evento que carrega consigo o conceito de Olimpíada Científica e Tecnológica. Numa conferência realizada para a imprensa em maio deste ano, o ministro da Ciência e Tecnologia da China, Wan Gang, disse: “Temos (a China) toda a razão para acreditar que os Jogos Olímpicos de Pequim será a edição de maior utilização da ciência na história das Olimpíadas”. Esta utilização da ciência e tecnologia se comprova na estrutura de aço de alta intensidade do Estádio Nacional de Pequim, o Ninho de Pássaro; no Centro Estatal de Natação, o Cubo D’água, que é 90% iluminado pela luz do sol; e na caixa que levou a chama Olímpica para lugares antes impossíveis, como o monte Qomolangma - mais conhecido no ocidente como monte Everest, o lugar mais alto da superfície terrestre.
Só com gastos diretos em tecnologia, a China investiu cerca de US$ 500 milhões para que tudo corra bem nos 17 dias de competição e nos 302 eventos esportivos das 31 modalidades dos jogos. Envolvidos em tudo isto estão 10 mil atletas e 70 mil voluntários, além de um público esperado de quatro milhões de espectadores nos centros esportivos das sete cidades onde serão realizadas as provas. Para gerenciar e monitorar toda esta quantidade de eventos e de pessoas, as empresas de tecnologia da informação (TI) se preparam há pelo menos dois anos, com testes e simulações de provas. À frente de toda a estrutura tecnológica envolvida nas Olimpíadas está a francesa Atos Origin, integradora e prestadora global de serviços de TI e patrocinadora do programa de marketing do Comitê Olímpico Internacional.
A Lenovo, parceira da Atos Origin, fornecerá cerca de 13 mil computadores, entre PCs de mesa, notebooks e servidores, que estarão interligados a outros 15 mil equipamentos e sistemas de empresas como Kodak, Samsung, Panasonic, Omega, Ericsson, Microsoft, Oracle e China Mobile. São estes softwares, computadores, cronômetros, telões, impressoras, câmeras e redes de comunicação gerenciados por milhares de pessoas que determinarão o bom andamento das competições.
Na parte de vídeo, a Olimpíada de Pequim será a primeira a ser 100% gravada e transmitida em alta definição. A Pequim Olympic Broadcasting firmou contrato com a Panasonic para o uso dos equipamentos da série DVCPRO P2 HD como sistema oficial de gravação dos jogos. Isto significa imagens HD de 1080p para as emissoras detentoras dos direitos de transmissão ao redor do mundo. Para aproveitar toda esta tecnologia com qualidade máxima será necessária uma televisão Full HD e um conversor de TV digital. Aqui no Brasil a detentora dos direitos de transmissão das Olimpíadas de Pequim é a Rede Globo.
Na internet e através dos celulares, os direitos exclusivos de transmissão das Olimpíadas para a América Latina ficaram com o portal Terra. O site oficial do evento dentro do Terra entrou no ar no dia 1º de agosto e conta com 13 canais simultâneos para transmitir os jogos ao vivo e sob demanda, com cobertura 24 horas por dia. São 200 profissionais trabalhando neste sentido, dos quais, 25 estarão na China enviando conteúdo. Além da parte multimídia, o portal também estará hospedando blogs de atletas, jornalistas e comentaristas.