Empresas são consideradas nascentes quando são novas, com até 24 meses de existência. Os empreendedores de Pernambuco, com base tecnológica, que se encaixam neste perfil, podem se preparar para participar do Programa Primeira Empresa Inovadora (Prime), pelo qual o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), através da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vai disponibilizar R$ 1,3 bilhão. Os recursos serão geridos por 18 incubadoras-âncora em todo o País, que assinaram um protocolo de intenções com a Finep, no último dia 26. Entre elas, o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (CESAR).
A Finep sempre ofereceu financiamentos, mas a descentralização da gestão dos recursos é uma novidade. “É um programa-piloto, onde trabalhar com pequenas empresas dá o mesmo trabalho das grandes. Por isso eles escolheram 18 agentes financeiros para fomentar a criação de empreendimentos inovadores em todo o País”, explica o gerente de incubação do CESAR, Eiran Simis. De acordo com ele, com a assinatura do protocolo demonstrando o interesse, cada incubadora tem 60 dias para confirmar a execução do programa com a apresentação de um projeto onde conste quantas empresas o Centro irá apoiar.
Os detalhes para a participação das empresas ainda não estão definidos. No entanto, Simis adianta que será um edital único, onde os interessados deverão preencher um formulário e apresentar um Plano de Negócios. “Serão selecionadas de 50 a 120 empresas, que vão receber R$ 120 mil não-reembolsáveis durante dois anos. Ainda vai ser decidido o uso político dos recursos, se será através de bolsa, por exemplo. O CESAR vai realizar o processo de divulgação, seleção, aplicação de recursos e monitoramento”, explica Eiran. Se o projeto da empresa for bem recebido durante os primeiros dois anos, há a opção de conseguir mais R$ 120 mil, através do programa Juro Zero, por mais dois anos - esses retornáveis em 100 vezes sem juros.
A fase é de busca de parcerias, como de órgãos como a Facepe e o Sebrae, para alcançar além da Região Metropolitana do Recife (RMR), segundo Eiran Simis. “Minha expectativa é de que se inscrevam pessoas que têm projetos na gaveta, o pessoal de universidades com alta qualificação, pré-incubadas. Ou grupos que estão dentro de uma empresa e enxergam uma oportunidade para abrir outra, o spin-off”, prevê, conceituando uma empresa inovadora como aquela intensiva em capital humano que realiza “implementação lucrativa de idéias”. Como um todo, o projeto deve beneficiar um total de 1.800 empresas.
Serviço
www.finep.gov.br
www.cesar.org.br